Sistemas resilientes devem desarmar, recuperar e adaptar diante das falhas

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Usado, normalmente, para indicar adaptabilidade ou capacidade de superar as dificuldades, o termo resiliência tem sido cada vez mais usado nos estudos sobre segurança em organizações. Algumas áreas do conhecimento têm se dedicado a entender como as pessoas e os sistemas organizacionais reagem à pressão.

Analisando os tipos de resposta para problemas em sistemas sociotécnicos complexos, o decano da Escola de Negócios da PUCRS e pesquisador do núcleo HFACTORS, Éder Henriqson, explica que sempre há incerteza e risco. “É necessário compreender como o projeto desses sistemas deve garantir capacidades de desempenhar com segurança”, ressalta.

Segundo ele, a resiliência é um termo usado em muitas disciplinas, tais como a Ecologia, a Psicologia e a Física. No entanto, observando uma abordagem em Fatores Humanos, os estudos contemplam um olhar sistêmico a partir do desempenho individual e organizacional nos contextos de trabalho.

Tipos de resposta diante dos riscos

Frente uma perturbação – condição de emergência – um sistema pode manifestar, pelo menos, três tipos de resposta. Entre elas, está o desarme (evitar um problema que poderia acontecer ou desarmar efeitos cascatas de um problema que ocorreu), a recuperação (retornar ao estado original do funcionamento) ou a adaptação (mudar sua condição de funcionamento e operação, reconfigurando recursos e competências). 

Tais respostas são exemplos de manifestações ou comportamentos resilientes do sistema, em que os estudos buscam compreender como as operações são mantidas e a aprendizagem ao fazer isso. Henriqson lembra que as habilidades não-técnicas, como a tomada de decisão e a liderança são recursos individuais para o enfrentamento de erros e possíveis ameaças.

HFACTORS e Resiliência

O HFACTORS (Human Factors and Resilience Research) é um grupo de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, que tem se dedicado a estudar, a partir de projetos de P & D, maneiras de criar ambientes de trabalho mais resilientes, e dessa forma, criar uma cultura de segurança fortificada, principalmente na indústria de óleo e gás.