GESTÃO DO CONHECIMENTO: Indicadores podem auxiliar na melhoria dos sistemas
O conhecimento pode estar vinculado ao homem, aos processos e às máquinas. Estudado como matéria-prima para auxiliar estratégias organizacionais, esse recurso é foco de uma área de pesquisa chamada Gestão do Conhecimento, a qual faz parte do núcleo HFACTORS.
Segundo o professor Paulo Selig, o trabalho utilizando essa perspectiva está voltado para indicadores intangíveis, relacionados aos indivíduos, que são primordiais para as eventuais melhorias em sistemas complexos. “Queremos entender como acontecem as inter-relações entre pessoas, empresas e sociedade e que tipos de intervenções podemos fazer para melhorar os processos”, ressalta.
Selig explica que as organizações são analisadas em três grandes aspectos: capital humano, capital estrutural e capital relacional. O capital humano envolve capacidades de competência; o estrutural diz respeito aos processos dentro da empresa, conhecimentos que já estão estabelecidos e são potenciais de referência; já o capital relacional inclui as relações de clientes e fornecedores até com a sociedade.
“Esses três devem estar equilibrados. Procuramos entender onde estão os pontos fracos e aplicamos medidas de mitigação. Ao mesmo tempo, fazemos melhorias dos pontos fortes”, complementa. Determinando o estado atual da organização, é possível criar metas e ações para, futuramente, ter um ganho de capitais intelectuais.
São observados aspectos como armazenagem e compartilhamento do conhecimento. “O foco é tentar entender esse bem intangível tão importante nas épocas atuais e como fazer e a gestão, a estratégia e a disseminação”, explica.
Enquanto a Gestão do Conhecimento observa os processos organizacionais, a administração de pessoas e de tecnologias, a Engenharia do Conhecimento serve como um instrumento para realizar a condução, criando formas de utilizar os recursos com determinada finalidade. Essas duas áreas fazem parte do núcleo HFACTORS assim como outras disciplinas, que atuam de forma interdisciplinar em pesquisas de Fatores Humanos.
Assista ao vídeo de Selig falando sobre o assunto no nosso canal do YouTube