Democratização do conhecimento: compartilhar dados de pesquisas exige adaptação da linguagem
Um grande desafio para pesquisadores é tornar público o conhecimento normalmente restrito a determinadas áreas e disciplinas. Os dados reproduzidos em revistas acadêmicas costumam ser de difícil acesso e compreensão para a população geral. Segundo a mestre em gestão do conhecimento e doutoranda da Universidade de Málaga na Espanha Jhoana Raquel Córdova Camacho, a ciência tem o poder de solucionar problemas. Por isso, não deve ficar restrita a apenas uma parte da sociedade.
Para ela, que é professora do Departamento de Comunicação da Universidade Técnica Particular de Loja no Equador, o uso da linguagem mais simples – mas não simplória – contribui para a expansão e confiabilidade dos resultados. “O pesquisador precisa de espaço e também ser pauta de discussões de meios de comunicação, além de despertar o interesse dos estudantes”, observa.
Busca de clareza
Córdova ressalta que tornar a pesquisa como um instrumento de conhecimento e visibilidade potencializa o crescimento pessoal e profissional de quem desenvolveu determinado estudo. “A pesquisa é uma forma de compreender a ciência e também uma forma de ver o mundo”, salienta Córdova.
A busca da clareza e, até mesmo, a “tradução” de conceitos técnicos para um texto compreensível a várias esferas sociais é positivo para facilitar o aprendizado de alunos de graduação, por exemplo, que ainda não estão familiarizados com determinados termos. A professora entende que as investigações científicas são feitas de pessoas para pessoas e é importante a busca pela pluraridade. Também é preciso preparo e domínio do que está sendo externado, de forma a garantir a relação do emissor-receptor.
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