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Festas de final de ano de embarcados são registradas para documentário

Com o objetivo de mostrar o cotidiano de trabalhadores offshore, a equipe do HFACTORS tem entrevistado representantes do setor e registrado uma rotina pouco conhecida de atividades realizadas no mar, em que é necessário ficar distante de casa por semanas. Como o serviço não para, as festas de final de ano, por exemplo, são realizadas dentro de plataformas de perfuração e produção com os colegas.

O pesquisador e diretor do documentário Embarcados, professor Hermilio Santos, esteve em uma unidade para vivenciar e também filmar o Natal dessas pessoas. “É importante registrar para identificar como as plataformas e suas equipes atuam para mitigar a ansiedade própria desses momentos”, ressalta. O filme também mostrará como a rede de apoio dos trabalhadores lida com a distância e outras especificidades.

Até o final de janeiro, o teaser do documentário deve ficar pronto, com relatos e imagens dos profissionais, das suas famílias e do ambiente e suas dinâmicas. O roteiro e a edição são da pesquisadora Kamila Almeida.

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Pesquisadora do HFACTORS compartilha conhecimentos com alunos na Alemanha

A pesquisadora do HFACTORS Priscila Susin esteve no 27th International Week Faculty of Social Work & Health, na Alemanha, para compartilhar conhecimentos sobre métodos sociológicos. Ela foi como professora convidada da Universidade de Ciências Aplicadas de Frankfurt (FRA-UAS) para participar da semana Meeting Challenges Across Borders, quando dividiu experiências com alunos de várias nacionalidades sobre pesquisas interdisciplinares e o uso de metodologias interpretativas em diversos contextos. Também ministrou um workshop sobre métodos participativos de pesquisa.

No período, a pesquisadora, que é psicóloga, mestre e doutora em Ciências Sociais, teve contato com professores experientes de países como Marrocos, Estados Unidos, Namíbia, Índia e Lituânia. Ainda dividiu uma aula com a professora Orit Nuttman-Shwartz, da Sapir College, de Israel. “Ela trabalha com os efeitos traumáticos dos eventos de guerra na faixa de Gaza. Falamos sobre métodos de pesquisa em ambientes hostis e sobre ser pesquisadora e ao mesmo tempo vivenciar estes eventos traumáticos”, explicou, afirmando que foi uma semana muito rica e de troca de aprendizados.

Susin utiliza essas técnicas no HFACTORS, desde 2017, para analisar as dinâmicas envolvidas no trabalho offshore. Ela faz parte do grupo de Sociologia do núcleo HFACTORS e ajudou a desenvolver uma ferramenta de entrevistas para ser utilizada em investigações de eventos de segurança no setor de óleo e gás.

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Salvatagem garante recursos para sobreviver em caso de acidentes

Quem trabalha embarcado precisa estar preparado para qualquer imprevisto a bordo devido ao alto risco da atividade offshore. Para isso, existem treinamentos e certificações regulares. Uma delas é o Curso Básico de Segurança de Plataforma (CBSP), necessário há cada cinco anos. Boa parte dos pesquisadores do HFACTORS já passaram pelas aulas teóricas e práticas com o objetivo de sobreviver em caso de acidente em alto mar.

As pós-doutorandas Karina ReifNaida Menezes e Priscila Susin renovaram o CBSP, conhecido como salvatagem, nos últimos dias para realizar atividades de pesquisa em uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO), na costa brasileira. Já a pesquisadora Jane L. Santos e a pós-doutoranda Caroline Capaverde passaram pela experiência pela primeira vez.

Segundo o instrutor da RelyOn Nutec (Brasil)Wolmer Vieira, o principal objetivo desse tipo de treinamento é a salvaguarda da vida humana por meio de técnicas para reação, o mais breve possível, durante situações de risco. “É preciso ter consciência sobre os equipamentos disponíveis a bordo. Saber onde estão e como usá-los”, destaca, ressaltando a importância de os trabalhadores se manterem flutuando na superfície, caso necessitem deixar a plataforma em um caso de emergência.

Na salvatagem, os alunos são capacitados a diferenciar e usar extintores de incêndio, mangueiras, coletes salva-vidas, além de reconhecer e empregar plano de fuga. Na piscina, os ensinamentos são voltados para a maneira de saltar de uma plataforma de forma segura, usar o bote, sinalizar o pedido de ajuda, manter o calor e a estabilidade do grupo.

Em razão das características do trabalho embarcado, a sobrevivência vai depender da manutenção dos ensinamentos a partir de centros de treinamento onshore, mas também de simulações realizadas nas próprias embarcações. “Por mais que o treinamento seja o mais próximo da realidade, as atividades realizadas no centro são controladas e os riscos mitigados”, explica. 

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Equipe faz gravações em Macaé para documentário

Fotos: Kamila Almeida

Os últimos dias foram intensos com gravações para o documentário “Embarcados – cotidiano de trabalhadores offshore”. A equipe do HFactors esteve em Macaé para conhecer as histórias das famílias de quem trabalha a bordo. São relatos emocionantes de saudade, de cumplicidade, de amor e de propósito.

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Coprodução é intensificada em workshops

Nos últimos meses, o HFACTORS vem consolidando ferramentas para serem aplicadas na indústria de óleo e gás a partir da coprodução. Isso quer dizer que as soluções são produzidas junto com os trabalhadores que irão utiliza-las. Um exemplo disso são workshops realizados com trabalhadores para pensar alternativas a serem usadas em investigações de eventos de segurança.

Em novembro, um grupo de pesquisadores esteve no Rio de Janeiro apresentando e adaptando uma técnica de entrevista, que tem o objetivo de coletar informações de pessoas que tenham participado ou testemunhado acidentes de segurança. A diferença de outras maneiras de entrevistar é que essa tem um formato mais aberto e valoriza a experiência e não a conformidade. Na mesma linha, o segundo encontro, na semana passada, teve foco na fase de análise dos dados com um método sistêmico de representação da trajetória de acidentes, o Accimap.

Durante todo o processo de pesquisa, iniciado formalmente em 2017, mas que incluiu negociação anos antes, o setor de óleo e gás tem participado ativamente, o que a pesquisadora de pós-doutorado Maria Angélica Jung Marques considera essencial. “Para se chegar a soluções de qualquer área, a coprodução vai propiciar um novo conhecimento útil para aquele contexto, aquele problema e aquele tempo”, explica. Segundo ela, os problemas do mundo real são cada vez mais complexos e a forma integrada e inclusiva de se pensar em alternativas auxilia a enfrentar as dificuldades.

“Para o nosso projeto, o olhar da coprodução oferece soluções para dificuldades complexas e dependentes de contexto, que necessitam de conhecimentos a partir da ciência e da contribuição dos atores do trabalho”, descreve. 

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Pesquisadores seguem trabalho de campo

Pesquisadores do HFactors estão desde a última sexta-feira embarcados em uma plataforma de petróleo a 240 km da costa brasileira. Priscila Wachs, pós-doutoranda, e Matheus Henrique Pulz , mestrando, visitaram as áreas e conversaram com os trabalhadores para entender sobre as rotinas e procedimentos a bordo.

Também estão sendo realizadas, pela pós-doutoranda Kamila Almeida , as filmagens para compor o documentário “Embarcados”, que retratará o cotidiano dos trabalhadores offshore.

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HFACTORS no Summit em Lisboa

Foto: Eduardo Giugliani

O coordenador do HFACTORS, Eduardo Giugliani, esteve no Web Summit, em Lisboa, representando o núcleo. Além de conhecer diversas iniciativas internacionais, ele tem feito conexões e estreitando relações com organizações que buscam trabalhar com Fatores Humanos e Resiliência.

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Representantes do consórcio Libra Petrobras visitam Tecnopuc e PUCRS

Representantes do consórcio Libra Petrobras conheceram a estrutura e alguns projetos do Tecnopuc ontem e hoje (21), além de visitar laboratórios da Escola Politécnica na PUCRS. Eles haviam participado do III Seminário HFACTORS: Práticas em Fatores Humanos e Resiliência voltadas à Segurança na Indústria de Óleo e Gás, realizado durante a semana, quando interagiram com pesquisadores e discutiram resultados de uma pesquisa conduzida nos últimos três anos.

O coordenador-geral do projeto Integração de Fatores Humanos e Resiliência para o Fortalecimento da Cultura de Segurança na Indústria de Óleo e Gás, professor Eduardo Giugliani, que também é diretor do Ideia Centro de Ciência & Tecnologia apresentou a história do Tecnopuc para os convidados, incluindo o gerente executivo de Libra, Ricardo Morais, e mostrou laboratórios, como o Crialab, para representar as parcerias que as iniciativas do parque têm com empresas e com o poder público.

Após conhecer os principais prédios, o grupo seguiu para a Escola Politécnica, em um passeio orientado pela decana Sandra Mara Oliveira Einloft. A instituição tem história de pesquisas com a Petrobras. Os convidados ainda passaram pela Faculdade de Ciências Aeronáuticas, onde o coordenador do curso, Lucas Fogaça, fez uma demonstração de voo no simulador.

O projeto em parceria com o consórcio Libra Petrobras foi iniciado formalmente em 2017, após anos de negociação. A atual fase, que começou em 2019, contou com mais de 40 profissionais de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e ciências exatas, atuando interdisciplinarmente.

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Seminário consolida resultados de projeto sobre o setor de óleo e gás

Pesquisadores da PUCRS debatem segurança com representantes do consórcio Libra-Petrobras

Crédito: Matheus Gomes

Para sintetizar resultados de um projeto realizado na PUCRS nos últimos três anos, o “III Seminário HFACTORS: Práticas em Fatores Humanos e Resiliência voltadas à Segurança na Indústria de Óleo e Gás” reuniu os pesquisadores envolvidos e representantes da indústria do petróleo. Ontem e hoje (20), os participantes discutiram os dados e como eles podiam ser aplicados na prática cotidiana de trabalho.

O coordenador-geral do projeto Integração de Fatores Humanos e Resiliência para o Fortalecimento da Cultura de Segurança na Indústria de Óleo e Gás, professor Eduardo Giugliani, que também é diretor do Ideia Centro de Ciência & Tecnologia da PUCRS, resgatou a história da pesquisa, iniciada formalmente em 2017, após anos de negociação com o consórcio Libra-Petrobras. A atual fase, que começou em 2019, contou com mais de 40 profissionais de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e ciências exatas, atuando interdisciplinarmente. “É possível trabalhar dessa forma, apesar de difícil. O trabalho que temos hoje não é só entre pesquisadores, mas entre as empresas envolvidas, consolidando a transdisciplinaridade”, observou na abertura do evento.

Nos dois dias de atividades do seminário, foram realizados oito painéis para debater os principais temas que apareceram na pesquisa, entre eles liderança, autocuidado no trabalho, cultura justa, análise de eventos de segurança e princípios em Fatores Humanos. Os assuntos emergiram das duas fases da pesquisa, a qual contou com amostra de mais de 400 pessoas, de diversas funções e níveis hierárquicos da indústria de óleo e gás.  Ao todo, foram aproximadamente 700 horas de entrevistas realizadas de modo individual ou em grupo.

Os métodos utilizados para coleta de material incluíram narrativas biográficas, entrevistas semiestruturadas, storytelling, grupo focal, dinâmicas de grupo em laboratórios, questionários, observações de campo, análise de documentos e bases de dados e revisões de literatura técnica e científica.

Todo esse trabalho, conforme o decano da Escola de Negócios e coordenador científico do projeto, Éder Henriqson, contribuiu com a formação de graduandos e pós-graduandos e trouxe conhecimentos que vão qualificar esse segmento tão importante para a economia do país. Sobre isso, ogerente Executivo de Libra, Ricardo Moraes, identificou a construção de um legado que continuará evoluindo para contribuir com a segurança a partir da abordagem de Fatores Humanos.

A herança dos resultados colabora para os indicadores de qualidade da instituição de ensino, reconhecida internacionalmente. “Esse projeto é muito importante para a PUCRS. A nossa excelência precisa transbordar e transformar internamente e externamente para a sociedade, impactando a sociedade. Tudo isso com o tempero da interdisciplinaridade, é melhor ainda”, destacou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da PUCRS, Carlos Eduardo Lobo e Silva.

Ao longo do seminário, foram apresentados vídeos institucionais e um teaser de um documentário que mostrará a rotina dos trabalhadores da indústria de óleo e gás. As peças audiovisuais são produto da equipe de mídia que se formou para criar conteúdos com informações em linguagem de fácil acesso, com objetivo de contribuir para a propagação e divulgação da ciência com a sociedade.

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Cotidiano offshore é mostrado em documentário

Para mostrar o cotidiano de trabalhadores offshore da indústria de óleo e gás, a pesquisadora do HFACTORS Kamila Almeida fez entrevistas em uma sonda na costa brasileira esta semana. O material fará parte do documentário Embarcados, que tem direção do professor Hermílio Santos.

Durante três dias intensos, a pesquisadora registrou imagens e acompanhou atividades da plataforma, que se prepara para iniciar os processos de perfuração. “Conheci histórias de vida, observei como se dão as relações no ambiente confinado, os protocolos de segurança e testemunhei a complexidade que é este ambiente”, contou ela, informando que tudo auxiliará em seu projeto de pós-doutorado em Sociologia Visual.

Até o final de 2022, o documentário Embarcados deve ser finalizado. A obra de cerca de 50 minutos mostrará a rotina de quem atua nesse universo offshore.